No mês de março, recordamos o nascimento de nossa Fundadora, Antonia Maria de Oviedo Schönthal, a “Madre Antonia Maria da Misericórdia”, nascida em 16 de março de 1822.
Fazer memória de Madre Antonia é, para nós Família Oblata, reviver o processo de uma mulher intelectual do século XIX, mulher de fé, sensível aos irmãos e à realidade, que depois de um processo de conversão se abriu a um grande desafio emergente em sua época na Espanha: a situação de muitas mulheres que ingressavam na prostituição neste período de Revolução Industrial.
Antonia foi uma mulher terna e firme, de cultura ampla e profunda orientação religiosa, bastante instruída tanto em religião como em ciências, história, geografia, pintura, música, e dominava cinco idiomas. Foi educadora de três princesas da Corte Espanhola.
Dom José Maria Benito Serra, bispo que tinha uma visão clara sobre os problemas sociais existentes, a convidou a aproximar-se da realidade excludente da prostituição feminina e e a ampliar seu olhar sobre a prostituição feminina, a fim de ajudá-lo a fundar uma casa de acolhida que fosse um porto de salvação para aquelas mulheres.
Antonia ficou perplexa com tal convite e enfrentou um duro e grande combate espiritual. Depois de um profundo discernimento, se dispôs a começar esta obra com Dom José Benito Serra. Assim, em 1864 surge a primeira Casa de Acolhida em Ciempozuelos, como resposta ao clamor das mulheres que viviam em prostituição.
Desta maneira Pe. Serra e Madre Antonia assumiram a responsabilidade histórica de proclamar o Evangelho que é humanização e libertação para a mulher prostituída. Este lugar tinha antes de tudo la finalidade de ser “uma escola de virtude y uma oficina de capacitação” para que as mulheres pudessem formar-se para valer-se por si mesmas e evitar a exclusão social.
Nesta data festiva agradecemos toda esta “herança humanizadora”, esta Proposta que Antonia Maria da Misericórdia deixou para as mulheres, para a congregação, para a sociedade e Igreja de seu tempo, que segue atual e vigente para nossos dias.
